Pobre criança
Pobre criança, debruçada sobre os galhos brutos
Da velha árvore que serve de abrigo da chuva , do vento
do sol , da solidão talvez.
Pobre lugar , que não vê a felicidade de pés correndo
Espalhando a terra seca pelo o ar.
O vento se torna forte , a tempestade anúncia que
vai tombar pelo chão , as montanhas já não existem
atrás da forte neblina , mas a pobre criança
continua sobre a raiz daquela velha árvore.
Sua progenitóra? rezava enquanto esperava.
As gotas começam a cair , a doce mente infantil
deixa que seus olhos de vidro quase raros , obeservem
o quanto o céu é diferente em dias tempestuosos
Uma de suas pequeninas mãos curiosas , agarra uma gota
dissolvendo depois , ela sorrir e conclui: Assim como esta
gota , eu um dia irei me dissolver.
Correndo, com seus cabelos cacheados revoltados
no vento, ela fecha os olhos sem querer saber por onde
vai, a mãe sae na porta de casa , espera por uma noticia
ansiosa. Lá vem ela, a pobre crinça chamada Esperanza
Sorrindente dipara para os braços da mãe.
Antes mesmo de dizer palavra alguma ,
recebeu uma bofetada em sua face rosada ,
mas antes mesmo que caisse uma gota de seus olhos
raros , um forte e quente abraço , envolveu seu frágil corpo
E doces palavras saindo da boca de sua mãe chorona
ela ouviu:
-Nunca! Nunca mais saia de perto de mim , ou não sabes
que sem você , meu corpo não anda.
-Calma mamãe, eu so fui visitar a velha árvore, ela me disse
para voltar , pois ao contrário dela que existe a centenas de anos
a senhora so vai existir , por um curto momento.
O silêncio tomou conta, a chuva não ousou a cair , o vento
calou-se de imedianto , parecia que o mundo havia parado de girar
A noite chegou , a fogueira da lenha que preparava
o jantar simples , esquentava a pequena cabana
a criança em seu , cantinho , escutou um forte barulho
então olhando para o lençol que separava seu quarto
imagínado , da cozinha apertada , ela não chorou
nem se desesperou , apenas vestiu seu casaco preto
e esperou o sol levantar.
Dez anos após , a criança , hoje mulher ,retorna a velha
Árvore , mas não para debruçar e chorar , mas para por flores e velas
Pos junto a ela, depois de centenas de anos em solidão plena
A velha árvore sem frutos , desfrutava da boa companhia
De sua mãe:
-Mãe! Adeus!
Virou as costas e nunca mais voltou, foi-se embora
A pobre criança , depois de mulher, deixou sua mãe
e nunca mais viu-se sequer a sobra desta mulher.
FIM
Por: Cintia de Andrade
Quarta-feira, 13 de outubro de 2010